"Meu filho foi diagnosticado com laringomalácia, e agora?"
A laringomalácia é uma alteração na cartilagem da laringe que leva ao fechamento dessa estrutura do sistema respiratório durante a fase inspiratória.
Um primeiro ponte que quero trazer: A maioria dos casos não é grave e a criança melhora com o crescimento, não sendo necessário nenhum tipo de cirurgia.
Tá, mas o que fechamento da laringe pode causar?
Esse fechamento resulta em sintomas que estão correlacionados, são eles:
- Obstrução intermitente das vias aéreas superiores (causa do ruído característico que é chamado de estridor)
- Problemas de alimentação x ganho de peso
- Retardo do crescimento pôndero-estatural
- AOS - Apneia obstrutiva do sono (pausas na respiração durante o sono)
Uma forma de acompanhar a evolução da laringomalácia e auxiliar na escolha do tratamento é fazer uso da polissonografia (exame do estudo do sono).
Esse exame pode guiar as condutas fisioterapêuticas e médicas, por exemplo, para decidir se é um caso cirúrgico ou não. Na laringomalácia, a polissonografia é de grande utilidade porque a presença de AOS pode aumentar a gravidade dos sintomas, levando a uma transição da vigilância ativa para a intervenção ativa e mais frequente com terapia CPAP ou supraglotoplastia.
E sobre a gravidade da laringomalácia?
De acordo com os sintomas que a criança apresenta, a laringomalácia pode ser::
- Leve: apresenta apenas o estridor;
- Moderada: tosse, engasgos, regurgitação, dificuldade para alimentação;
- Grave: apneia, cianose, dificuldade de ganho pondero-estatural, hipertensão pulmonar, cor pulmonale.
A classificação pelo quadro clínico é quem determina a conduta/tratamento.
Apesar de ser um processo difícil, é importante manter uma equipe alinhada nos objetivos e formas de tratamento.
A fisioterapia e a fonoaudiologia caminham juntas nesse processo com o médico nas principais trocas de condutas.
Terapias com pressão positiva, estímulos sensoriais e estímulo da musculatura certa, fazem toda a diferença no curso do tratamento.